por Renato Neves
21 de Agosto 2017

São conhecidos por tralhões, taralhões, piscos-d’asa-branca, ou mais eruditamente por papa-moscas-pretos (Ficedula hypoleuca).

Até meados de Outubro haverá sempre tralhões em passagem migratória. Nós usámos este (ilustração de Rosa Bernardo) como uma das personagens do Verão, numa instalação que desenvolvemos no interior de um antigo moinho de vento.

Montagem da estrutura e afinação de luzes e mecanismo temporizador giratório

Work in progress

O conceito foi tirar partido da planta circular do moinho e representar o ciclo anual, através da utilização de um conjunto de 6 diferentes “personagens” ou “actividades” para cada estação do ano. São assim 24 imagens representativas dos habitats, espécies, paisagens e modos de vida da serra da Lapa e do planalto da Nave. Ao entrar o visitante acciona um mecanismo temporizador que ilumina o espaço dando a percepção do conjunto do ciclo; posteriormente o mecanismo passa a conduzir a iluminação pontualmente por cada personagem, permitindo a sua adequada leitura.

O ciclo das estações, representado através de um painel circular aproveitando a planta do moinho

Lamosa ontem e hoje

O Centro de Biointerpretação da Lamosa, comporta várias valências (moinho, centro pedagógico, trilhos de interpretação), tendo sido inaugurado em 2013. Foi uma iniciativa da CM de Sernancelhe com o apoio da UTAD. Se andarem pelas “Terras do Demo”, ou por lá perto, façam uma visita!

 

Os moinhos de ventos não fazem parte das tecnologias de moagem regionais, compostas essencialmente por moinhos de água. Trata-se pois de um exemplo único, reaproveitado como estrutura interpretativa

Exterior do moinho da Lamosa

Trabalho desenvolvido pela Mãe d´água com a colaboração de Rosa Bernardo (ilustrações); Anselmo Costa (design gráfico); Timóteo Mendes (iluminação, sonorização e automação); B2R (impressões); Marcelo Paixão (serralharia)