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AMPER Central Solar Fotovoltaica de Amareleja – Medidas Compensatórias

A área onde hoje se encontra esta Central Solar era anteriormente ocupada por terrenos de pastagem, alguns com árvores dispersas, olivais e culturas de sequeiro. Estes biótopos eram utilizados pela população local de alcaravão, que se estimou em 3 ou 4 casais.

Tratando-se de uma espécie sensível, com estatuto de Vulnerável em Portugal, de acordo com o Livro Vermelho, e situando-se a Central dentro dos limites da Zona de Protecção Especial Moura / Mourão / Barrancos, entendeu-se que a perda deste habitat de alcaravão deveria ser compensado, respeitando-se assim os termos da Directiva Habitats.

A Medida Compensatória, cujo objectivo central era o de criar no interior da Central Solar condições favoráveis à instalação de 2 ou 3 casais de alcaravão ao fim dos primeiros 3 anos de exploração e, posteriormente, a manutenção da população de alcaravão que anteriormente ali vivia. Para tanto foi necessário promover a instalação de uma comunidade de herbáceas, semeando um conjunto alargado de espécies pratenses, sobretudo nos locais onde o solo era mais pobre.

Paralelamente, e com o objectivo de garantir que a vegetação herbácea não ultrapassava a altura crítica para esta espécie, pelo menos no período em que os casais se instalam nos seus territórios, desenvolveram-se acções que favorecem o estabelecimento de uma população de herbívoros que possam controlar a vegetação. Nesse sentido instalaram-se estruturas que favorecem a colonização da área da Central pelo coelho-bravo.

Ainda, e porque a colonização pelo coelho-bravo demoraria sempre alguns anos, promoveu-se o pastoreio com um rebanho de ovelhas (merinas-pretas certificadas) de modo a assegurar desde o início as condições mais favoráveis ao alcaravão.

Passados 3 anos após a construção da Central, em 2011, 4 a 5 casais de alcaravão utilizavam os terrenos da Central e 7 anos depois do início da exploração estes números ainda se mantinham.